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15.1.08

aquele teu doce do céu.
aquele barulhinho do mar
aquele teu cheiro

são minha brisa de outono
queu quero pra todas as estações do ano

teu beijo com gosto de onda queu gosto tanto
a chuva caiu. e ele sentiu a beleza de cada gota. achou que seria poético chorar, mas evitou. apenas se riu daquelas gotas e dançou consigo no meio da noite. chegou em casa um novo homem e dormiu com o barulho do ventobatendo na árvore do quintal.

13.1.08

tem sempre alguma coisa que anuncia a chuva forte. cada um prevê de um jeito. pra uns basta sentir os pássaros voando pesados, olhar as nuvens cinzentas, ouvir o silêncio. pra ele era um certo tom de voz, que vinha não se sabe de onde, ao seu ouvido e dizia que nada iria acontecer. quando ouvia essas palavras, era chuva na certa! o dia amanhecia nublado e quente e ele espirrava. e ao mesmotempo pensava que quem sabe dessa vez realmente não fosse nada, só sua imaginação.
então saiu de casa correndo, queria ver se impedia o céu de chorar. pisou do lado de fora e se molhou e passeou na chuva, querendo fazê-la parar de cair, e querendo ele também despencar.